quinta-feira, 31 de março de 2011

Atividade - Seminário - História da Arte - Antiguidade

Prezados Academicos,


Gostaria de deixar registrado a satisfação de participar com todos a conclusão do trabalho de pré-produção (estudo do texto, escolha das idéias principais, escolha de ícones para a ilustração das idéias principais), produção (narração do texto em Laboratório, manipulação de Sowftware de edição, escolha da trilha sonora), cansaço... o computador travou e perdi todo o trabalho... pintou virus... e muitas coisas que não existe aula que ensine... somente passado por tudo isso para realmente saber qual é o caminho das pedras.

Além de passear por imagens da Antiguidade... as imagens chapadas da pintura egípcia, dos afrescos gregos e romanos indo até o início do renascimento, onde Giotto inicia o trabalho da perspectiva na produção de imagens... efim... nesta quinta-feira testemunhamos maIs de 3.000 imgens em 4 horas.

Muito obrigado pela paciëncia e ao mesmo tempo pela convivëncia nestes últimos dias.


Professor Edson Sguario

AVALIAÇÕES - ASSIDUIDADE E PARTICIPAÇÃO

sexta-feira, 25 de março de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Site com obras de 1.100 a 1.850 d.C.

http://www.wga.hu/index1.html










Nossa Agenda

A ARTE BARROCA NO BRASIL

A ARTE BARROCA NO BRASIL

O Barroco brasileiro desenvolveu-se do século XVIII ao início do século XIX, época em que na Europa esse estilo já havia sido abandonado.

UM SÓ BRASIL, “VÁRIOS” BARROCOS

O Barroco brasileiro varia de uma região para outra. Nas regiões que enriqueceram com a mineração e o comércio de açúcar – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco -, encontramos igrejas com talhas douradas e esculturas refinadas, feitas por artistas de renome. Já nas regiões onde não havia cana de açúcar nem o ouro – como São Paulo -, as igrejas apresentam trabalhos modestos de artistas menos experientes.

O BARROCO DE PERNAMBUCO

A partir de 1759 Recife teve grande crescimento econômico. Entre as construções barrocas mais bem cuidadas está a igreja São Pedro dos Clérigos.

O BARROCO DA PRIMEIRA CAPITAL DO PAÍS

Na segunda metade do século XVII, Salvador era o centro econômico da região mais rica do Brasil e também o capital do país. Aí encontramos igrejas riquíssimas, como a de São Francisco.


O BARROCO DO RIO DE JANEIRO

O Rio de Janeiro só viria a ter destaque econômico e cultural com o início da extração do ouro de Minas Gerais, no século XVIII. Com seu porto, a cidade passou a centro de intercâmbio entre a região da mineração e Portugal. Em 1763, tornou-se a nova capital do país. A partir daí, forma erguidas muitas construções como o Arcos da Lapa e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.
A escultura barroca do Rio de Janeiro contou com artistas portugueses e com um brasileiro em especial: Mestre Valentim (1750-1813), tão respeitado quanto Antônio Francisco Lisboa, nosso artista barroco mais conhecido e admirado. Mestre Valentim foi também paisagista, mas suas obras mais bem preservadas são as que fez para igrejas, como a da Terceira Ordem do Carmo, a de São Francisco de Paula e a de Santa Cruz dos Militares.

O BARROCO DE UMA REGIÃO POBRE: SÃO PAULO

Fundada no século XVI, a cidade de São Paulo e seus arredores não tiveram o mesmo desenvolvimento que outras regiões no período colonial. No século XVII, os paulistas organizaram as bandeiras e seguiram para Minas Gerais, lançando-se às atividades de mineração. Enquanto isso, São Paulo permaneceu estagnada por todo o século XVIII, e as ordens religiosas apenas ergueram modestas igrejas barrocas.
Hoje há poucas construções barrocas na cidade de São Paulo. Delas, destaca-se o conjunto formado pela igreja e pelo convento de Nossa Senhora da Luz.
As esculturas do Barroco paulista são muito simples: em razão da pobreza da cidade, nenhum artista de renome ia para lá. Por isso, as imagens são em geral, rústicas, primitivas, feitas de barro cozido.

O BARROCO MINEIRO: TEM INÍCIO UMA ARQUITETURA BRASILEIRA

Foram os bandeirantes paulistas que desbravaram as terras mineiras, começaram a explorar ouro e pedras preciosas e fundaram os primeiros arraiais da região de Minas Gerais. Um desses bandeirantes foi Antônio Dias, que em 1698 chegou a Vila Rica, hoje Ouro Preto. Desde essa época, vilarejos como Mariana, Sabará, Congonhas do Campo, São João Del Rei, Caeté e Catas Altas começaram a desenvolver e a construir seus primeiros edifícios importantes.

A ARTE BARROCA EM OURO PRETO

A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. Primeiro tentou-se utilizar a técnica construtiva paulista da taipa de pilão. O terreno mineiro, porém, é duro e pedregoso, pobre em pedras argilosas. Mais tarde tentaram-se outros processos até chegar às construções com muros de pedra.
Com o tempo, as diversas técnicas de construção foram combinadas harmoniosamente com a rica decoração interior. Essa integração teve seu auge em Minas Gerais, com Antonio Francisco Lisboa (1730-1814).
Na pintura do Barroco mineiro destaca-se Manuel da Costa Ataíde. Sua pintura nos forros de igrejas revela excepcional domínio da perspectiva. Mas seu talento também pode ser visto nas telas e nos painéis para as sacristias e as paredes laterais. Ataíde fez pinturas para a igreja de Santo Antonio, em Santa Bárbara, e para a igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Mariana, além da igreja de São Francisco, em Outro Preto.

ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA (O ALEIJADINHO): O PRINCIPAL ESCULTOR DO BARROCO DO BRASIL.

Além de arquiteto e decorador de igrejas, Antônio Francisco Lisboa foi escultor. Existem inúmeras obras suas em museus e igrejas, principalmente de Ouro Preto. Mas é a cidade de Congonhas do Campo que abriga seu mais importante conjunto escultórico.
Na ladeira à frente da igreja forma construídas seis capelas, três de cada lado. Em cada uma delas, um conjunto de estátuas de madeira em tamanho natural narra um passo da paixão de Cristo.
Há ainda inúmeras obras de artistas anônimos espalhadas pelas diversas regiões do país. Isso confirma a importância do Barroco em nossa história como um marco do início de uma arte que procura afirmar seu próprio valor.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.112 a 122.


Sugestões:
BARROCO NO BRASIL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco_no_Brasil

SÃO PEDRO DOS CLÉRIGOS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Concatedral_de_S%C3%A3o_Pedro_dos_Cl%C3%A9rigos

IGREJA DE SÃO FRANCISCO:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_e_Convento_de_S%C3%A3o_Francisco_%28Salvador%29

IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Ordem_Terceira_de_S%C3%A3o_Francisco_da_Penit%C3%AAncia

MESTRE VALENTIM
http://pt.wikipedia.org/wiki/Valentim_da_Fonseca_e_Silva

IGREJA TERCEIRA ORDEM DO CARMO:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Ordem_Terceira_do_Carmo_%28Rio_de_Janeiro%29

IGREJA DE SÃO FRANCISO DE PAULA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_S%C3%A3o_Francisco_de_Paula

IGREJA DE SANTA CRUZ DOS MILITARES
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Cruz_dos_Militares

CIDADE DE OURO PRETO
(Considerar apenas as fotos)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro_Preto

CIDADE DE MARIANA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mariana
SABARÁ: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabar%C3%A1

CONGONHAS DO CAMPO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Congonhas

SÃO JOÃO DEL REI:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_del-Rei

CAETÉ: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caet%C3%A9

CATAS ALTAS (Utilizar as fotos): http://pt.wikipedia.org/wiki/Catas_Altas

IGREJA DE SÃO FRANCISCO – OURO PRETO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_S%C3%A3o_Francisco_de_Assis_%28Ouro_Preto%29

ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA


ARTE INDÍGENA BRASILEIRA


A ARTE INDÍGENA ANTERIOR A CABRAL

Segundo a Fundação Nacional do Índio – FUNAI -, quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia aqui de 1 milhão a 10 milhões de indígenas. Hoje restam cerca de 345 mil, distribuídos por reservas em todo o país. Além da redução numérica, impressiona e assusta a destruição de culturas que criaram, ao longo dos séculos os seus objetos de sua cultura.


UMA ARTE INTEGRADA À CULTURA

Quando dizemos que um objeto indígena tem qualidades artísticas, o fazemos do nosso ponto de vista, e não do ponto de vista do indígena. Para ele, os mais simples objetos usados no dia-a-dia – redes, potes, cestos, etc. – devem ser feitos com muito capricho e perfeição. Desse modo, os objetos são belos porque são bem-feitos, e não por serem obras artísticas.
Nas sociedades indígenas a preocupação com a beleza aparece nos acessórios – colares, tangas, cocares -, nas máscaras e objetos rituais e nas pinturas corporais.
Outro aspecto importante da arte indígena é que ela representa mais as tradições da comunidade que as preferências do artista. Assim, o estilo da pintura corporal, do traçado e da cerâmica varia muito de um grupo para outro, como se fosse a “marca” de cada comunidade.


A FASE MARAJOARA E A CULTURA DE SANTARÉM

No período pré-cabralino dois conjuntos de produção artística se destacam: a fase marajoara e a cultura Santarém.
A fase marajoara é a quarta das cinco fases que se dividiu a produção cultural dos povos da ilha de Marajó, a nordeste do atual estado do Pará. Essa produção destaca-se, sobretudo pela cerâmica: vasos domésticos, simples; e vasos cerimoniais e funerários, com decoração mais elaborada. Despertam interesse também as estatuetas com representações humanas. A cultura dessa fase sofreu um lento e constante declínio, até desaparecer completamente por volta de 1350, talvez absorvida por outros povos que chegaram à ilha.
A cultura Santarém corresponde aos vestígios culturais encontrados na região próxima à junção dos rios Tapajós e Amazonas, no estado do Pará. Seus vasos de cerâmica são ricamente decorados com pinturas, desenhos e relevos com figuras humanas ou de animais. A arte santarena produziu também objetos e estatuetas de formas variadas. Essa cultura prosseguiu até a chegada dos colonizadores, mas, por volta do século XVII, desapareceu.


A ARTE INDÍGENA MAIS RECENTE


Entre as atividades das comunidades indígenas atuais estão a cerâmica, a tecelagem e o traçado de cestos e balaios. De modo geral, essas comunidades contam com uma ampla variedade de matérias-primas: madeira, cortiça, fibras, palmas, palha, cipó, sementes, coco, resinas, couro, ossos, dentes, conchas, garras e plumas das mais variadas aves.
Na arte indígena despertam interesse também a arte plumária, as máscaras e a pintura corporal. A arte plumária é muito especial: não está ligada a uma finalidade, mas apenas à busca da beleza. Apresenta dois estilos mais importantes: peças maiores, como diademas; e peças mais delicadas, sobre faixas de tecido de algodão, como colares e braceletes.
A pintura corporal é usada para transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas, por isso a escolha dessas cores importantes. As mais usadas são o vermelho vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do suco de jenipapo e o branco da tabatinga.
Para os índios, as máscaras são artefatos produzidos por homens comuns. Ao mesmo tempo, porém, tornam-se a figura viva do ser sobrenatural que representam. Podem ser feitas de troncos de árvore, palha de buriti e cabaças.


Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.88 a 94.

Sugestões:

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arte_no_Brasil
FASE MARAJOARA E SANTARÉM: http://www.arteducacao.pro.br/hist_da_arte/hist_da_arte_prebrasil.htm

A ARTE BARROCA NA EUROPA

A ARTE BARROCA NA EUROPA

A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, período de grandes mudanças na Europa da Idade Moderna. Para melhor entender os acontecimentos daquele século, precisamos buscar suas origens em fatos do XVI, dos quais um dos mais importantes foi a Reforma Protestante, que se iniciou na Alemanha e expandiu-se por muitos outros países.
Nesse período do século XVI a pintura, a arquitetura e a escultura já manifestam um novo estilo, como podemos observar na obra de Michelangelo, O Juízo Final.

ORIGENS E CARACTERÍSTICAS GERAIS DO BARROCO

A arte barroca originou-se na Itália, logo se espalhou por outros países da Europa e chegou à America. Porém, apresentou características bastante diferentes nos vários países. O Barroco italiano do inicio do século XVII, por exemplo, difere muito do Barroco holandês da mesma época. Ainda assim, há aspectos comuns às obras desse período: o predomínio da emoção, e não da razão, que prevaleceu no Renascimento; o acentuado contraste entre tons claros e escuros, que intensifica a expressão dos sentimentos. Os temas são variados: religiosos, mitológicos e na forma de retratos.

A PINTURA

Os pintores italianos Caravaggio, Tintoretto e Andrea Pozzo estão entre os mais representativos do Barroco.

CARAVAGGIO: BELEZA ALÉM DA ARISTOCRACIA

Caravaggio (1573-1610) não se interessava pela beleza clássica – a dos deuses da mitologia grega ou dos membros da aristocracia -, que tanto encantou os artistas do Renascimento. Para ele, não havia ligação entre beleza e aristocracia, e seus modelos eram vendedores, músicos ambulantes, ciganos; enfim, gente do povo. O que melhor caracteriza sua pintura é a utilização original da luz: ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada de modo intencional para direcionar a atenção do observador. Isso é fundamental em sua obra que ele é considerado importante pintor da luz, como demonstra a obra Vocação de São Mateus.

TINTORETTO: A EXPRESSIVIDADE NO CORPO

A extensa produção artística de Tintoretto (1518-1594) tem dois aspectos marcantes: o corpo mais expressivo que o rosto; a intensidade da luz e da cor. Para ele, um quadro devia ser visto inicialmente em seu conjunto e só depois percebido em seus detalhes.

ANDREA POZZO: A ABERTURA PARA O CÉU

A pintura barroca desenvolveu-se também no teto de igrejas e palácios. Embora com finalidade predominantemente decorativa, apresenta algumas obras em que a perspectiva é trabalhada de forma audaciosa. Esta técnica é observada na obra, A glória de Santo Inácio, afresco do teto da Igreja de Santo Inácio em Roma de Andrea Pozzo (1642-1709).

A ESCULTURA

Nos gestos e no rosto das figuras representadas, a escultura barroca exprime emoções: alegria, dor, sofrimento. Por vezes, um grupo de esculturas compõe uma cena dramática. As formas sugerem movimento e apresentam efeitos decorativos. Predominam linhas curvas, drapeados das vestes e tons dourados. Entre os artistas do Barroco italiano Bernini (1598-1680) foi, sem dúvida, o mais importante e completo: foi arquiteto, urbanista, escultor, decorador e pintor.

A ARQUITETURA

Como a Igreja Católica queria proclamar a importância da fé, criou obras que impressionam pelo esplendor. A arquitetura expressou, ainda, o desejo dos governantes de demonstrar poder por meio de seus palácios. Assim, os arquitetos do Barroco deixam de lado a simplicidade e a racionalidade do Renascimento e investem na grandiosidade das igrejas e dos palácios e nos efeitos decorativos. Nessa época firmou-se também a idéia de que o espaço em torno da obra arquitetônica era importante para a beleza da construção com os projetos de praças das igrejas como a da basílica de São Pedro, no Vaticano.
Também nesse período criaram-se projetos paisagísticos de grandes jardins de palácios, como os de Versalhes, na França.

O BARROCO NA ESPANHA

Do século XVII até a primeira metade do século XIII o Barroco expandiu-se da Itália para toda a Europa e ganhou, em cada país, características próprias, como é o caso da Espanha e dos Países Baixos, que veremos adiante.
Um traço original do Barroco espanhol encontra-se na arquitetura, principalmente nas portadas dos edifícios civis e religiosos, decoradas em relevo. A pintura espanhola foi muito influenciada pelo Barroco italiano, principalmente no uso expressivo de luz e sombra, mas conservou preocupações próprias: o realismo e o domínio da técnica. Entre os pintores mas representativos estão El Greco e Velázquez.

EL GRECO: AS FORMAS ALONGADAS

El Greco (1541-1614) nasceu na ilha de Creta, Grécia, e mais tarde foi para Roma. Após breve período em Madri, partiu para Toledo na Espanha, onde se instalou definitivamente. Seu nome verdadeiro era Domenikos Theotokopoulos, mas seu apelido – El Greco – reuniu as três culturas que o influenciaram: o artigo “El” do espanhol, o substantivo “Greco” do italiano, o qual indicava sua origem. Sua pintura é marcada pela verticalidade: figuras esguias e alongadas que deixam de lado o ideal de beleza do Renascimento italiano, em que o corpo humano é representado com formas perfeitas.

VELÁZQUEZ: RETRATOS DA CORTE ESPANHOLA

Velázquez (1599-1660), assim como Caravaggio, trabalhou a luz em contraste com a sombra. Tornou-se famoso por retratar a corte espanhola do século XVII. Entre esses retratos está As meninas, uma de suas obras mais importantes.

O BARROCO NOS PAÍSES BAIXOS

Nos Países Baixos o Barroco desenvolveu-se em duas grandes direções, sobretudo na pintura. Na Bélgica manteve as linhas movimentadas e a forte expressão emocional. Já na Holanda ganhou aspectos mais próximos do espírito prático e austero do povo holandês; daí a pintura de cenas da vida doméstica e social trabalhadas com minucioso realismo.

REMBRANDT: A GRADUAÇÃO DA CLARIDADE

A pintura de Rembrandt (1606-1669) revela um pintor que trabalho com precisão os efeitos da luz. O que dirige nossa atenção não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas os diversos graus de claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa. É isso, por exemplo, o que se vê no quadro A lição de anatomia do douto Tulp.

VERMEER: A DELICADEZA DA VIDA COMUM

Diferentemente de Rembrandt, Vermeer (1632-1675) trabalha os tons em plena claridade. Seus temas são sempre os da vida das pessoas comuns da Holanda seiscentista. Seus quadros documentam com dedicada beleza os momentos simples da vida cotidiana.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.98 a 108.

Sugestões:

Barroco: http://www.historiadaarte.com.br/barroco.html;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco

Arquitetura Barroca: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_barroca

CARAVAGGIO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caravaggio
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

TINTORETTO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tintoretto
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

ANDREA POZZO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Andrea_Pozzo
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

BERNINI: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernini
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

PALÁCIO DE VERSALHES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Versalhes


BASÍLICA DE SÃO PEDRO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_S%C3%A3o_Pedro

EL GRECO: http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Greco
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

VELÁZQUEZ: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diego_Vel%C3%A1zquez
Obras: http://www.wga.hu/index1.html (VELÁZQUEZ, Diego Rodriguez de Silva y)

REMBRANDT: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rembrandt
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

VERMEER: http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Vermeer
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

O RENASCIMENTO II

O RENASCIMENTO II

2. O Renascimento na Alemanha e nos Países Baixos.

Com o tempo, as idéias dos artistas italianos que valorizavam a cultura greco-romana começaram a se expandir. Artista como Dürer, na Alemanha, e Holbein, Bosch e Bruegel, nos Países Baixos, renovaram a pintura de seus países inspirados pela pintura italiana renascentista.


DÜRER: A ARTE E A REALIDADE

Albrecht Dürer (1471-1528) foi um dos primeiros artistas alemães a representar o corpo humano com uma beleza ideal, como imaginaram os artistas clássicos gregos e romanos. Como se dedicou à geometria e à perspectiva, valorizou também a observação da natureza e a reproduziu fielmente em muitos de seus trabalhos.
Dürer foi famoso também como hábil gravador – artista que produz gravuras usando matriz a madeira ou o metal.


HANS HOLBEIN: A DIGNIDADE HUMANA

Hans Holbein (1498-1543) ficou conhecido como retratista de personalidades políticas, financeiras e intelectuais da Inglaterra e dos Países Baixos. Seus retratos destacam-se pelo realismo e pela aparência de tranqüilidade das pessoas retratadas. Ele procurou também dominar a técnica da pintura para expressar um dos ideais renascentistas de beleza: a dignidade do ser humano.

BOSCH: A FORÇA DA IMAGINAÇÃO

Hieronymus Bosch (1450-1516) criou uma obra inconfundível, rica em símbolos da astrologia, da alquimia e da magia do final da Idade Média. Nem todos os elementos presentes em suas telas, porém, podem ser decifrados, pois muitas vezes ele combina aspectos de diversos seres – animais ou vegetais – e cria estranhas formas sem motivo aparente. O que pretendia ele? Alguns estudiosos vêem em sua obra a representação do conflito que inquietava o espírito humano no final da Idade Média: de um lado, o sentimento do pecado ligado aos prazeres materiais; do outro, a busca de virtudes na vida ligada à espiritualidade. Além disso, muitas crenças religiosas espalharam-se pela Europa entre as pessoas mais simples e fortaleceram superstições, talvez representadas na pintura de Bosch.


BRUEGEL: UM RETRATO DAS ALDEIAS MEDIEVAIS

PIETER BRUEGEL, o Velho (1525-1569), viveu nas grandes cidades da região de Flandres, já sob a influência dos ideais renascentistas, mas retratou a realidade das pequenas aldeias que ainda conservavam a cultura medieval. É o caso, por exemplo, da pintura Jogos Infantis.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.76 a 80.

Sugestões:


ALBRECHT DÜRER: http://pt.wikipedia.org/wiki/Albrecht_D%C3%BCrer
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

HANS HOLBEIN: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Holbein,_o_Jovem
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

HIERONYMUS BOSCH: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hieronymus_Bosch
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

PIETER BRUEGEL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pieter_Bruegel_o_velho
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

O RENASCIMENTO I

O RENASCIMENTO I

1. O Renascimento na Itália

Chamou de Renascimento o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650. Tal nome sugere um súbito reviver dos ideais greco-romanos, o que não é de todo correto: mesmo no período medieval o interesse pela cultura clássica não desapareceu. Exemplo disso é Dante Alighieri (1265-1321), poeta italiano que manifestou entusiasmo pelos clássicos. Também nas escolas das catedrais e dos mosteiros, autores latinos e filósofos gregos eram muito estudados.

A ARQUITETURA

No período românico construíram-se templos fechados. A arquitetura gótica buscou a verticalidade. Já o arquiteto do Renascimento buscou espaços em que as partes do edifício parecessem proporcionais entre si. Procurou ainda uma ordem que superasse a busco do infinito das catedrais góticas.
Um dos primeiros arquitetos a expressar esses ideais foi Filippo Brunelleschi (1377-1446). Exemplo de artista completo, foi pintor, escultor e arquiteto, além de dominar conhecimento de matemática e geometria. Destacou-se como construtor e teve participação decisiva na construção da catedral de Florença – igreja de Santa Maria Del Fiore. A construção dessa catedral iniciou em 1296; em 1369 as obras haviam terminado, mas o espaço a ser ocupado por uma cúpula continuava aberto. Em 1420, coube a Brunelleschi projetá-la.


A PINTURA

No fim da Idade Média e no Renascimento, predominava uma interpretação científica do mundo. Sobretudo na pintura, isso se traduz nos estudos de perspectiva segundo os princípios da matemática e da geometria. O uso da perspectiva conduz a outra tendência do período: o uso do claro-escuro, que consiste em pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra. Esse jogo de contrastes dá aos corpos uma aparência de volume. A combinação da perspectiva e do claro-escuro, por sua vez, contribui para dar maior realismo às pinturas.
Outro aspecto da arte do Renascimento, em especial a pintura, é a formação de um estilo pessoal. Mais livre em relação ao rei e a Igreja, o artista é como o vemos hoje: um criador independente, que se expressa contando apenas com sua capacidade de criação. Daí haver, no Renascimento, inúmeros artistas de prestígio, com características próprias.


PIERO DELLA FRANCESCA: A GEOMETRIA DO HUMANO

Para Piero della Francesca (1410-1492) a pintura não tem por função principal representar um acontecimento ou transmitir emoções, como alegria, tristeza, sensualidade. Sua obra apresenta, muitas vezes, uma composição geométrica combinada ao uso de área de luz e sombra.


BOTTICELLI: A LINHA QUE SUGERE RITMO

Sandro Botticelli (1445-1510) é considerado o artista que melhor transmitiu, no desenho, um ritmo suave e gracioso às figuras. Seus quadros – com temas tirados da Antiguidade grega ou da tradição cristã – buscam expressar o ideal de beleza do artista.

LEONARDO DA VINCI: CONHECIMENTO CIENTÍFICO E BELEZA ARTÍSTICA

Da Vinci (1452-1519) teve múltiplos interesses e habilidades. Aos 17 anos, em Florença, foi aprendiz de Verrocchio, escultor e pintor consagrado. Em 1492 foi para Milão, onde fez um projeto urbanístico completo para a cidade: uma rede de canais e um sistema de abastecimento de água e esgotos, ruas alinhadas, praças e jardins públicos.
Por volta de 1500 o artista passou a dedicar-se a estudos de perspectiva, óptica, proporção e anatomia. Nessa época, fez milhares de desenhos com anotações e os mais diversos estudos sobre anatomia humana, proporções de animais, movimentos, plantas de edifícios e engenhos mecânicos.
Da Vinci pintou pouco: o afresco mural Última Ceia e cerca de quinze quadros, entre os quais destacam-se Mona Lisa e A virgem e o menino. Dominou com sabedoria o jogo de luz e sombra e criou uma atmosfera que, partindo da realidade, estimula a imaginação do observador.

MICHELANGELO: A EXPRESSÃO DA DIGNIDADE HUMANA

Aos 13 anos, Michelangelo (1475-1564) foi aprendiz de Domenico Ghirlandaio, consagrado pintor de Florença. Depois freqüentou a escola de escultura mantida por Lourenço Médici, também de Florença. Entre 1508 e 1512, trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano, para o qual concebeu grande número de cenas do Antigo Testamento.

RAFAEL: A SIMPLICIDADE E A HARMONIA

Rafael Sanzio (1483-1520) é considerado o pintor renascentista que melhor desenvolveu os ideais clássicos de beleza: harmonia e regularidade de formas e cores. Tornou-se muito conhecido por pintar as figuras de Maria e Jesus e seu trabalho transformou-se em modelo para o ensino de pintura em muitas escolas mais tradicionais.


A ESCULTURA

Na escultura italiana do Renascimento destacam-se Michelangelo e Andrea Del Verrocchio. Verrocchio (1435-1488) trabalhou em ourivesaria, o que influenciou sua escultura: algumas de suas obras possuem detalhes que lembra o trabalho de um ourives – artesão que trabalha com peças de ouro. Entre elas, destaca-se Davi, escultura da personagem bíblica que venceu o gigante Golias, poderosos soldado de um exército inimigo do povo de Israel. Quando a observamos, inevitavelmente a comparamos ao Davi de Michelangelo, pois as duas figuras são extremamente diversas entre si.
Na escultura, a criatividade de Michelangelo manifestou-se ainda em outros trabalhos, como a Pietá, conservada atualmente na basílica de São Pedro, em Roma.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.64 a 72.



Sugestões:

Filippo Brunelleschi: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brunelleschi
Obras: http://www.wga.hu/index1.html
Igreja de Santa Maria Del Fiore: http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_del_Fiore


PIERO DELLA FRACESCA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Piero_della_Francesca
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

BOTTICELLI: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sandro_Botticelli
Obras: http://www.wga.hu/index1.html
LEONARDO DA VINCI: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_da_Vinci
Obras: http://www.wga.hu/index1.html


MICHELANGELO BUONARROTI: http://pt.wikipedia.org/wiki/Michelangelo
Obras: http://www.wga.hu/index1.html


RAFAEL SANZIO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rafael_Sanzio
Obras: Procurar como -> RAFFAELLO Sanzio em http://www.wga.hu/index1.html


ANDREA DEL VERROCCHIO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Andrea_del_Verrocchio
Obras: http://www.wga.hu/index1.html

ARTE GÓTICA

ARTE GÓTICA

A Idade Média foi um dos períodos mais longo da História: durou cerca de dez séculos. Iniciou-se no ano de 476, com a ocupação de Roma pelos bárbaros, e teve fim em 1453, quando ocorreram dois fatos importantes: a tomada de Constantinopla pelos mulçumanos e o fim da Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra.

A ARQUITETURA E A ESCULTURA

No início do século XII ainda predomina a arquitetura românica, mas já surgem mudanças que conduzirão a uma profunda revolução arquitetônica.
No século XVI, essa forma de construir foi chamada de gótica – nome que associava sua aparência, à época considerada estranha, aos godos, povo bárbaro.
Hoje a arquitetura gótica é considerada uma das mais belas e cheias de significados já produzidas. A primeira edificação em estilo gótico, a abadia de Saint-Denis, foi erguida na França em 1140.
A característica mais importante da arquitetura gótica é a abóbada de nervuras, muito diferente da abóbada de arestas românica porque deixa visíveis os arcos que formam sua estrutura.
Esse novo tipo de abóbada foi possível graças ao arco ogival, diferente do arco pleno do estilo românico. Com ele, as igrejas góticas podiam ser muito mais altas que as românicas. Além disso, as ogivas, que se alongam e apontam para o alto, acentuam a impressão de verticalidade da construção.
Outro elemento muito usado nas catedrais góticas são os pilares. Dispostos em espaços bem regulares, eles dão suporte ao teto de pedra. Graças a eles as paredes não precisam ser muito grossas para sustentar o teto. As largas paredes com janelas estreitas das igrejas românicas dão lugar a paredes muito mais altas e com grandes janelas, preenchidas com belos vitrais. Esse conjunto – arcos ogivais, pilares, paredes altas e cheia de vitrais – transmite uma forte impressão de amplitude e leveza.
Entre os séculos XII e XVI foi construída a catedral de Notre-Dame de Chartres. Sua arquitetura tem muitos aspectos interessantes, dos quais se destaca o portal principal, conhecido como Portal Régio, um dos mais belos conjuntos escultóricos do mundo. Nele vemos como a escultura gótica enriquece a arquitetura.
Outra importante construção gótica, iniciada por volta de 1160, é a catedral de Notre-Dame de Paris uma das maiores igrejas católicas do mundo. Tem 150,20 metros de comprimento e suas principais abóbadas estão a 32,50 metros do chão. Nela introduziu-se um novo recurso: o arcobotante.

A ARQUITETURA GÓTICA E OS VITRAIS

O interior das catedrais góticas é bastante iluminado. A claridade entra pelas janelas das paredes das naves laterais e pelos grandes vitrais que ficam atrás do altar principal.

OS MANUSCRITOS ILUSTRADOS

Do século XII ao século XV, os artistas trabalharam também com objetos preciosos – feitos de marfim, ouro, prata e decorados com esmalte - em ricos manuscritos ilustrados.

A PINTURA

A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XIII e XIV e início do século XV, quando começou a ganhar novas características que anunciavam o Renascimento. A principal delas foi o realismo: os artistas procuravam pintar as figuras da forma mais fiel possível ao que viam.
O pintor mais importante do final do século XIII e início do século XIV foi o florentino Ambrogiotto Bandone, conhecido como Giotto (1233-1337). A maior parte de suas obras é formada por afrescos que decoram igrejas.
Além dos grandes murais de Giotto, o estilo gótico produziu quadros de proporções menores e retábulos. Jan van Eyck (1390-1441), por exemplo, pintou obras célebres pela riqueza de detalhes e pelo realismo. Considera-se seu trabalho como de transição para a fase renascentista da pintura flamenga.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.52 a 60.


Sugestões:

Estilo Gótico: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_g%C3%B3tico
Arquitetura Gótica: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_g%C3%B3tica
Pintura Gótica: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_g%C3%B3tico
Obras de Ambrogiotto Bondone (Giotto): http://www.wga.hu/index1.html
Obras de Jan van Eyck: http://www.wga.hu/index1.html

ARTE BIZANTINA

ARTE BIZANTINA

O cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era. Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla. A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina.
Graças a sua localização (Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor.
A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores. O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus.
O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.
A arquitetura das igrejas foi a que receberam maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados.
A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos. Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido.
Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período. O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.
A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano. Porém, logo sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia.Constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero.
A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina.E essa arte extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos.



UM POUCO MAIS DE SANTA SOFIA
"A verdadeira beleza de Santa Sofia, a maior igreja de Constantinopla, capital do Império Bizantino, encontra-se no seu vasto interior. Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalho requintado dos artífices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; no mármore profundamente talhado dos capitéis das colunas das naves laterais, folhas de acantos envolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora. No alto, sobre um solo de mármore, bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cúpula.
Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirável quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior".

Referências Bibliográficas
MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H. Arte Bizantina. Disponível em: http://www.historiadaarte.com.br/linhadotempo.html, s.d. Acesso em 07/02/2010.

Sugestões:
Arte Bizantina: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_bizantina
Pintura Bizantina: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_bizantina
Arquitetura Bizantina: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_bizantina
Basílica de Santa Sofia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_Santa_Sofia
http://www.youtube.com/watch?v=gmOPBt0qlNc
http://www.youtube.com/watch?v=uXx950qJj3M&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=vmz9oLtmuoM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=rZfSfVbbwKc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=fgsHV9hYKJk&feature=related

ARTE ROMÂNICA

A ARTE ROMÂNICA

Depois das primeiras décadas do século III, os imperadores romanos começaram a enfrentar lutas internas pelo poder. Havia, ainda, a ameaça às fronteiras do império por parte de povos invasores, a quem os romanos chamavam de “bárbaros”. Começava a decadência do Império Romano e o desaparecimento quase completo, na Europa ocidental, da cultura greco-romana, ou clássica.
As tradições greco-romanas só viriam a ser retomadas no século IX, com Carlos Magno, coroado imperador do Ocidente.

A ARQUITETURA

Com as oficinas de arte da corte de Carlos Magno, a cultura grego-romana foi redescoberta. Na arquitetura isso levou à criação, mais tarde, de um novo estilo para a construção principalmente de igrejas: o estilo românico. Esse nome, portanto, designa as obras arquitetônicas do fim dos séculos XI e XII, na Europa, cuja estrutura era semelhante à das construções dos antigos romanos.
As características mais significativas da arquitetura românica são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas.
Dessas características, resulta um conjunto que chama a atenção do observador: as igrejas românicas são grandes e sólidas. Daí serem chamadas “fortalezas de Deus”.

ARQUITETURA ROMÂNICA NA ITÁLIA

Na Itália, a arte românica se desenvolveu com características diferentes das do resto da Europa. Mais próxima do exemplo greco-romano, os italianos procuraram usar frontões e colunas. Uma das mais conhecidas edificações da arte românica italiana é o conjunto da catedral de Pisa.

A PINTURA

A arquitetura românica, com suas grandes abóbadas e espessas paredes laterais de poucas aberturas, criou amplas superfícies que favoreceram a pintura mural. Assim, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, por meio da técnica do afresco.
Os afrescos tinham como modelo as ilustrações dos livros religiosos, pois na época, nos conventos, era intensa a produção de manuscritos ilustrados à mão com cenas da história sagrada. Assim, a pintura românica praticamente não registra assuntos profanos, isto é, não-religiosos, como paisagens, animais, pessoas em duas atividades diárias.
As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que o artista fazia da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, era sempre maior do que as demais. Sua mão e seu braço, no gesto de abençoar, tinham proporções intencionalmente exageradas para que o gesto fosse valorizado por quem contemplasse. Os olhos eram muito grandes e abertos para evidenciar a intensa vida espiritual.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.34 a 42.


Sugestões:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_rom%C3%A2nica
http://www.historiadaarte.com.br/arteromanica.html
Imagens: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_rom%C3%A2nico

ARTE PALEOCRISTÃ

ARTE PALEOCRISTÃ

O termo Arte Paleocristã, ou paleocristianismo, não designa propriamente um estilo, referindo-se antes a todo o tipo de formas artísticas produzidas por ou para cristãos, durante a vigência do império romano do ocidente. As formas mais antigas remontam ao século III, evoluindo posteriormente até ao século V d.C..
CONTEXTO E LEGADO ARTÍSTICO
Da produção artística dos primeiros 200 anos do cristianismo pouca informação chegou aos nossos dias. Esta aparente ausência de legado deve-se, em grande parte, à dificuldade de atribuição clara de criações desta época à Arte Paleocristã. Neste período de embrionagem do cristianismo, a sua arte adapta a muita das tipologias formais da arte romana pagã, "escondendo" os seus novos significados e conteúdos religiosos sob elementos de uma linguagem artística já profundamente enraizada no império romano. Também as restrições do Antigo Testamento à idolatria deverão ter tido um impacto castrador no que diz respeito à liberdade artística e às suas possibilidades expressivas.
Por outro lado, a nova religião é majoritariamente representada pelas classes sociais mais desfavorecidas, sem os apoios financeiros da arte imperial, não é ainda reconhecida oficialmente e é perseguida pela figura do imperador. Os primeiros indícios claros na afirmação de um estilo próprio surgem em inícios do século III com as pinturas murais nas catacumbas romanas, único lugar de culto e refúgio cristãos.
Com o Édito de Milão de 313, Constantino, convertido ao cristianismo, reconhece a liberdade de culto à nova religião que acaba por se transformar, após finais do século IV, na religião oficial do império. Com esta oficialização dá-se um impulso na produção artística e são edificados os primeiros lugares de culto próprio.
É também importante referir a transição, em 324, da capital do império romano para Constantinopla a oriente (anterior Bizâncio), fator crucial que levará à cisão do cristianismo em duas grandes vertentes (catolicismo a ocidente e ortodoxia a oriente) e conseqüentemente à evolução de um estilo artístico diferente no Império Bizantino, a Arte Bizantina. Mais tarde, no século VIII, esta situação entre a ortodoxia e a representação de imagens pela religião cristã vai culminar na crise iconoclasta.

CATACUMBAS
Nos primeiros 200 anos da nova religião, antes de Constantino, é provável que tenham existido vários centros artísticos com estilos artísticos próprios, como Alexandria e Antióquia, mas é em Roma que se revelam as primeiras pinturas murais em catacumbas, locais que serviam de cemitério subterrâneo aos aderentes do cristianismo, para quem a fé se baseava na esperança da vida eterna após a morte. É nesta constante aspiração ao Paraíso que o ritual funerário do enterro, e a conseqüente manutenção da sepultura, tornam-se o elemento chave das primeiras representações da arte cristã.
A pintura a fresco vai dominar essencialmente tetos num estilo ainda muito influenciado pela pintura mural romana tardia, onde vai buscar os motivos arquitetônicos para a ilusão espacial e as figuras planas de corpo proporcional. Mas este vocabulário tradicional é adaptado a uma nova mensagem onde se revelam temas bíblicos com especial preferência pela narração de milagres do Antigo Testamento (Milagre de Jonas). Alguns dos motivos da arte romana são transpostos para os novos conteúdos, como o cacho de uvas, a imagem do Bom-Pastor (que surge na figura de Cristo com o seu rebanho de ovelhas) e o pavão que, assim como o peixe (que alguns autores defendem também derivar da arte romana pagã), simbolizam a esperança na ressurreição e imortalidade.
ARQUITETURA
Até a declaração de liberdade de culto, a arte cristã não tinha uma tipologia arquitetônica própria, optando por celebrar o seu culto em lugares pouco relevantes. Com o Édito de Milão, Constantino apóia a construção de templos próprios, em Roma, Milão, Ravena, de modo a divulgar a nova religião e acolher o crescente número de convertidos.
A BASÍLICA
As novas igrejas, desenvolvidas a partir da basílica romana, vão revelar a base do que será a arquitetura religiosa da Europa ocidental ao longo dos séculos. A basílica clássica, um espaço amplo onde se possibilita o agrupamento de um avultado número de pessoas, pode satisfazer várias necessidades (tribunal, mercado, audiências etc), mas nunca serve o propósito de local de culto. Com a nova necessidade arquitetônica do cristianismo este espaço vai-se revelar como o indicado à nova procura de grandiosidade da nova religião e ao acolhimento dos fiéis, sem entrar em conflito com possíveis significados religiosos anteriormente atribuídos ao espaço. Observa-se o nascimento de um espaço que sintetiza em si elementos da basílica romana, da casa particular e originais.
Mas embora se tenham levado a cabo várias edificações, estas foram sendo alteradas ao longo dos tempos e nenhuma se apresenta hoje com o seu traçado original. É possível, mesmo assim, formar uma idéia da sua caracterização observando a ilustração da planta original da Basílica de São Pedro, ou o interior da Basílica de São Paulo extra-muros em Roma (que apresenta já algumas alterações, mas que se manteve no seu estado original até 1823).
A basílica paleocristã compõe-se, então, por uma nave central com clerestório de janelas altas, abertas em paredes assentes em arquivoltas ou em arquitraves, cujas colunas fazem a ligação a outras duas naves laterais (colaterais) de menor altura. Todo o espaço segue um eixo longitudinal e converge a oriente na abside, onde se situa o altar, e que é emoldurada por um arco triunfal. Este arco pode estar assente numa área elevada denominada bema. Em algumas basílicas, entre as naves e a abside, situa-se uma nave transversal, o transepto, que forma um T com a nave central. Os tectos eram de travejamento à vista, de madeira.
O exterior, pouco ornamentado, oferece a entrada do recinto a ocidente através de um atrium, um pátio rodeado de arcadas, que estabelece a sua ligação à igreja através de um nártex .

MOSAICO
O desenvolvimento da arquitetura e a emergente necessidade de decorar vastas superfícies vão impulsionar a produção artística do mosaico, uma técnica com origens na arte antiga, difundida na Mesopotâmia e com profundas tradições no período greco-romano. O mosaico romano, geralmente utilizado para o revestimento de pavimentos, é feito à base de pequenos cubos de mármore (tesserae) que se adaptam bem à reprodução cuidada de pinturas, mas de pouca intensidade cromática.
A arte Paleocristã, podendo agora usufruir de maiores bases financeiras e relegando para segundo plano a pintura mural a fresco, vai procurar aperfeiçoar a técnica e vai brindar o interior da igreja com intensas e vibrantes imagens policromáticas, possíveis pela substituição do mármore por pedaços de vidro colorido. Este novo material não permite, no entanto, uma paleta complexa de matizes e a modelação das figuras perde o seu contacto com o mundo real, as personagens apresentam-se como seres transcendentais, imateriais, habitantes de um reino de luz e ouro.
Pouco sobreviveu destes primeiros mosaicos do paleocristianismo, mas supõe-se que cobririam as grandes superfícies da abside, do arco triunfal e da nave, representando cenas bíblicas. Crê-se que a sua variedade formal tenha ainda herdado muito da arte romana adaptando-a aos novos conteúdos religiosos e isso pode-se ainda observar-se na Basílica de Santa Maria Maggiore pela forte geometrização e pelo ilusionismo espacial. É também de referir o novo objetivo de sintetizar as formas para que estas sejam compreensíveis à distância, ou seja, para que a mensagem principal possa ser compreendida de longe. Este fato vai acentuar a importância simbólica do gesto e do olhar como elementos relevantes na transmissão de mensagens, sendo também para isso distorcida a sua proporção em relação à figura.


Iluminura
Em oposição à arte romana pagã, o cristianismo baseia o seu conteúdo nos textos sagrados da bíblia, cunhando os manuscritos com ilustrações, as iluminuras, de elevada importância no processo de manutenção e propagação das escrituras. Acompanhando este aumento produtivo está também o desenvolvimento da técnica da produção dos suportes para manuscritos. Até então eram usados rolos de papiro que não permitiam grande liberdade artística no que diz respeito à ilustração. O permanente enrolar e desenrolar do papiro causava a deteriorização da tinta criando–se apenas cabeçalhos com formas simples e lineares. Com a introdução do pergaminho, na século II a.C., que se pode dobrar sem partir, surgem os primeiros livros com encadernações ricas em madeira e decoração em metal e pedras preciosas, os códices (vellum codex), onde a liberdade formal e cromática não encontra os limites anteriormente estabelecidos pelo suporte.
Poucas são as iluminuras do paleocristianismo que sobreviveram até aos nossos dias, mas o pouco que se conhece a partir do século V, apresenta uma rica variedade cromática que recebe inicialmente muita da influência da estrutura espacial e geometrização da pintura greco–romana. No Gênesis de Viena, uma das mais antigas iluminuras conhecidas do cristianismo, pode–se observar a sumptuosidade das cores e já a quebra com o uso de molduras de limite espacial. Aqui as imagens e o texto fazem parte de um todo em comunhão. De modo a otimizar o aproveitamento de espaço no pergaminho, a descrição dos acontecimentos não se desenrola em bandas horizontais, mas sim seguindo uma linha curva imaginária onde os diferentes momentos se vão sucedendo sem interrupção, a designada narração contínua.
ESCULTURA
A escultura assume um papel secundário pela proíbição à idolatria, evitando a representação da figura humana em tamanho natural, orientando-se, por isso, mais no sentido decorativo e de dimensões reduzidas. Podem-se referir, principalmente, trabalhos de relevo em sarcófagos, efetuado a partir do século III, de caráter simbólico, primando pela serenidade e artificialismo formal das figuras.

Referências Bibliográficas
ARTE PALEOCRISTÃ. Disponível na URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_paleocrist%C3%A3. Acessado em 07/02/2010

ARTE ROMANA

A ARTE ROMANA

A fundação de Roma está cercada de lendas e mitos. Tradicionalmente considera-se que ela se deu em 753 a.C.. Sabe-se, porém, que a formação cultural do povo romano sofreu forte influência de gregos e etruscos, que ocuparam diferentes regiões da Itália entre os séculos XII e VI a.C..
Os romanos receberam dos etruscos a idéia de que a arte deve expressar a realidade vivida. Dos gregos, herdaram a visão de que a arte deve expressar um ideal de beleza.

A ESCULTURA

A escultura é uma forma interessante de observar a influência de etruscos e gregos. Realistas e práticos como os etruscos, os romanos produziram na escultura figuras muito próximas da pessoa retratada. Como os gregos, procuraram também manifestar em suas obras uma beleza humana ideal.
A preocupação dos escultores romanos em representar figuras de fácil identificação é notada também nos relevos de monumentos comemorativos.

A ARQUITETURA

O arco foi um importante recurso de arquitetura que os romanos conheceram com os etruscos e empregaram em muitas de suas obras. Antes de sua invenção, o espaço entre colunas era limitado pelo tamanho das arquitraves, pois, quanto maior ela é, maior a tensão que recebe. Além disso, a pedra não suporta grandes tensões. Por isso os templos gregos eram repleto de colunas, o que reduzia o espaço de circulação.
O arco permitiu ampliar o vão entre as colunas, pois nele as tensões têm distribuição mais homogênea. O conhecimento dos romanos sobre o arco e sobre a construção de abóbadas possibilitou-lhes criar amplo espaços internos, livres de colunas. O Panteão é o melhor exemplo dessa diferença da arquitetura romana em relação à grega.

A CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA DO TEATRO

Com o emprego de arcos e abóbadas, os romanos construíram amplos edifícios, sobretudo anfiteatros, para abrigar muitas pessoas. Os anfiteatros romanos foram importantes também para as lutas de gladiadores, espetáculos muito populares e que podia ser apreciado de todos os ângulos.
O anfiteatro romano possuía um espaço central em forma de elipse, onde se dava o espetáculo. Em volta dele, ficava o auditório, composto por um grande número de fileiras de assentos, que formavam a arquibancada. Assim era o Coliseu, o mais belo dos anfiteatros romanos.

O AQUEDUTO: IMPORTANTE OBRA PÚBLICA

A arte e a capacidade de construção dos romanos revelam um povo de grande espírito prático: por toda parte, estabeleceram colônias e construíram casas, tempos, termas, aquedutos, mercados e edifícios governamentais.

A PINTURA

A maior parte das pinturas romanas hoje conhecidas provém das cidades de Pompéia e Herculano, soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C.. As pinturas de Pompéia – cujas ruínas foram descobertas no século XVIII – fazem parte da decoração das paredes internas dos edifícios.
Inicialmente, decoravam-se as paredes com uma camada de gesso pintado para dar impressão de placas de mármores. Mais tarde, alguns pintores perceberam que era possível passar a ilusão de um bloco saliente de mármore apenas pela pintura, sem necessidade do gesso. Essa descoberta conduziu a outra: se era possível sugerir saliência, podia-se também sugerir profundidade. Começou-se, então, a pintar painéis que davam a idéia de janelas abertas por onde se viam paisagens com pessoas e animais. Outras vezes, pintavam-se barrados com figuras de pessoas formando uma grande pintura mural.
Os artistas romanos dedicaram-se também à arte do mosaico. Foram encontrados mosaicos em muitas cidades romanas, mas os de maior valor artístico são os que decoravam os edifícios de Pompéia.
Os pintores romanos misturavam realismo com imaginação, e suas obras ocuparam grandes espaços nas construções, complementando ricamente a arquitetura.


Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.34 a 42.

URL´s sugeridas para complementação da pesquisa:

PINTURA E AFRESCOS ROMANOS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_Roma_Antiga

ARQUITETURA ROMANA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_da_Roma_Antiga

LENDA DA FUNDAÇÃO DE ROMA
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%B4mulo_e_Remo

ARTE NA GRÉCIA

A ARTE NA GRÉCIA

Por volta do século X a.C, os habitantes da Grécia continental e das ilhas do mar Egeu formavam pequenas comunidades, distantes uma das outras, e falavam diversos dialetos.
Nessa época, as comunidades eram muito pobres, mas aos poucos foram enriquecendo e se transformando em cidades-Estado. Com o aumento do comércio, essas cidades-Estado entraram em contato com as culturas do Egito e do Oriente Próximo, cuja a arte despertou admiração nos gregos. Assim, embora a princípio os artistas gregos tenham imitado os egípcios, depois passaram a criar sua arquitetura, escultura e pintura, movido por idéias próprias em relação à vida, à morte e às divindades.

A ESCULTURA

Aproximadamente no fim do século VII a.C. os gregos começaram a esculpir em mármore grandes figuras masculinas – Kouros – 525 a.C.
Na Grécia, a arte não tinha função religiosa, como no Egito. Sem submeter-se a regras rígidas, a escultura evoluiu livremente. O escultor grego começou, então, a não se satisfazer mais com a postura rígida e forçada de suas esculturas. Dessa evolução resultaram trabalhos como Efebo de Crítios.
Também para superar a aparência de rigidez e imobilidade, o escultor grego procurou representar as figuras em movimento. É o caso do Discóbolo, de Míron.
A melhor solução para superar a aparência da imobilidade foi encontrada pelo escultor Policleto na escultura Doríforo (lanceiro).

A ARQUITETURA

As contruções que se destacam na arquitetura grega são os templos. Hoje em dia, os templos são construídos para reunir dentro deles, pessoas em cultos religiosos. Entre os gregos, porém sua finalidade era proteger das chuvas ou do sol excessivo as esculturas de deuses e deusas.
O templo era construído sobre uma base com três degraus: as colunas e as paredes do templo eram erguidas sobre o mais elevado deles. O conjunto formado pelas colunas e pelas estruturas a elas ligadas obedecia a dois modelos: o da ordem dórica e o da ordem jônica.
A cobertura dos templos era constituída de dois telhados altos no centro e inclinados para os lados. Essa posição de telhado, tanto na entrada do templo como no fundo, criava um espaço em forma de triângulo – o frontão - , que era ornamentado com esculturas.

A PINTURA EM CERÂMICA

Na Grécia, a pintura em cerâmica tornou-se uma forma especial de manifestação artística. Os vasos gregos, ou ânforas, são famosos pela beleza da forma e pela harmonia entre desenho, cores e espaço utilizado para a ornamentação. Eram usados em rituais religiosos e também para armazenar água, vinho, azeite e outros alimentos. À medida que passaram a apresentar uma forma equilibrada e um trabalho harmonioso de pintura, tornaram-se também objetos de decoração.
As pinturas representavam cenas da mitologia grega e de pessoas em suas atividades diárias. Inicialmente o artista pintava, em negro, a silhueta das figuras. Depois, fazia os detalhes do desenho retirando a tinta preta. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias.
Aproximadamente em 530 a.C., Eutímedes, discípulode Exérquias, introduziu uma grande modificação na arte de pintar vasos: inverteu o esquema de cores, isto é, deixou as figuras na cor natural do barro cozido e pintou o fundo de negro, dando início à série de figuras vermelhas.

A ESCULTURA NO PERÍODO HELENÍSTICO

No século IV a. C., Filipe II, rei da Macedônia, dominou a Grécia. Ao morrer, foi sucedido pelo filho, Alexandre Magno, que construiu um gigantesco império: manteve o domínio sobre a Grécia e conquistou a Pérsia e o Egito. Com sua morte, o império dividiu-se em vários reinos nos quais se desenvolveu uma cultura semelhante à grega – daí ser chamada de helenística, de Hélade, como a Grécia era conhecida.
A escultura desse período apresenta características bem diferentes da dos períodos anteriores. Uma delas é a tendência de expressar, sob forma humana, idéias e sentimentos, como paz, amor, liberdade, vitória, etc. Outra é o inicio do nu feminino, pois nos períodos arcaico e clássico as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
No início do século III a.C. os escultores já aceitavam a idéia de que suas figuras deveriam expressar movimento e despertar no observador o desejo de andar em torno delas para examiná-las de vários ângulos.
A grande novidade da escultura do período helenístico, entretanto, foi a representação de grupos de pessoas, em vez de apenas uma figura. Todo o conjunto devia dar a impressão de movimentos e permitir a observação por todos os ângulos. Conforme a obra O soldado gálata e sua mulher.
A PINTURA, NA GRÉCIA ANTIGA
A pintura, na Grécia antiga, foi em geral associada a outras formas de arte, como a cerâmica, a estatuária e a arquitetura. Ao contrário do caso da pintura cerâmica, restam pouquíssimos exemplos de pintura mural ou de painel, e a maior parte do que se sabe sobre esta forma de expressão plástica deriva de fontes literárias antigas e algumas cópias romanas.
A PINTURA MURAL
A história recorda apenas poucos nomes de pintores do período arcaico, como Cleantes de Corinto, Boularcos e Cimon, mas só podemos especular como teria sido a sua produção. Alguns vestígios da pintura daquele período são encontrados em murais de Ístmia, em métopes de Thermon e em algumas placas de madeira e cerâmica encontradas em Corinto e Atenas, e traem a influência da arte egípcia e asiática, mantendo uma similitude com as técnicas de pintura em vasos. A arte mural etrusca desta época deve muito à arte grega, mas mesmo desenvolvendo-se em linhas próprias é uma fonte de informação preciosa para o conhecimento da pintura grega arcaica.
Obras mais significativas só sobrevivem a partir do século V a.C., quando a pintura mural adquire independência da pintura cerâmica e abandona seu caráter eminentemente gráfico passando para um tratamento de fato pictórico das superfícies, com emprego de vivos efeitos de pincel, manchas de cor com gradações de tons e veladuras. Destacam-se os murais realizados em uma tumba de Paestum, na Itália, por um artista desconhecido, e hoje preservados no Museu Arqueológico de Paestum, revelando um bom conhecimento de anatomia e um desenho habilidoso, com olhos em perfil e elementos paisagísticos. Nesta fase outros artistas deixaram seu nome na memória dos pósteros, como Polignoto, o mais importante do período clássico, afamado pela boa caracterização fisionômica e vivacidade de seus retratos. Um vaso preservado no Louvre, ilustrando o massacre dos Nióbidas, talvez espelhe o seu estilo. Também tiveram notoriedade Mícon, irmão de Fídias, e Panaios, estes últimos produzindo em conjunto uma cena da batalha de Maratona. Agatarcos introduziu inovações na perspectiva e Apolodoro aperfeiçoou a realização das luzes e sombras.
Do século IV a.C. são importantes os murais da Pequena Tumba Real de Vergina, ou a Tumba de Perséfone, o mais antigo exemplo remanescente em bom estado de pintura mural de alto nível e em grande escala, sendo de especial interesse pela sua riqueza emocional e espontaneidade do desenho, já apontando para os desenvolvimentos do Helenismo. Aparece nesta época também a técnica de justaposição de pinceladas em cores diferentes para à distância obter-se um efeito cromático especial, numa técnica que tem afinidade com os princípios modernos do impressionismo e do pontilhismo - embora com efeito final diferente.
Dos artistas foram notáveis Zeuxis, Demétrios e Parrásios, e sobretudo Apeles, talvez o maior dos pintores da Grécia antiga, um artista de transição entre o classicismo e o helenismo, introdutor de inovações técnicas, autor de um tratado sobre pintura infelizmente perdido, e pintor oficial de Alexandre o Grande. Nada de sua produção chegou até nós, mas as descrições que foram feitas por Plínio e Pausânias influenciaram artistas até no Renascimento. Entretanto, parece que um painel encontrado em Pompéia seja uma cópia da Afrodite Anadiômene de Apeles.
Outra obra importante é a da Grande Tumba Real de Vergina, datada de 336-317 a.C., cuja fachada é decorada com uma grande cena de caça ao leão, com sutis gradações de cor e sombreado, num estilo que é diretamente devedor a Apeles. Em estilo semelhante é o grande mosaico mostrando o combate entre Alexandre e Dario, hoje no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, quase com certeza uma cópia muito fiel, ainda que em técnica diversa, de uma pintura de Folixeno de Erétria.
Em Alexandria se encontraram alguns remanescentes em bom estado de pinturas em estelas funerárias, datando dos séculos IV e III a.C., que evidenciam a evolução do estilo em direção a uma sofisticação na perspectiva, com sutil gradação de cores e linhas delicadas e fluentes. Outras pinturas de Pompéia e Herculano também podem ser interpretações bastante próximas do estilo pictórico helenístico, embora não se possa afirmar com certeza se são tão fiéis aos seus modelos gregos como ocorreu com a estatuária.
AS TÉCNICAS
Os gregos são reputados como os precursores da pintura ocidental em diversos aspectos, tendo desenvolvido a representação com ilusão de tridimensionalidade através do sombreado e de elementos de perspectiva, inovações aparecidas por volta do século V a.C. Até então a representação da figura era basicamente plana e linear, com a cor meramente preenchendo áreas definidas por um contorno. Outro aspecto bastante característico da fase clássica foi a redução da paleta para quatro cores básicas: vermelho, amarelo, branco e preto, com o restante das cores reintroduzidas na transição para o helenismo. Esta limitação parece estar associada a um simbolismo até agora não elucidado satisfatoriamente, e é bem possível que a terminologia usada para descrever os aspectos técnicos da pintura grega antiga tenha tido uma tradução e interpretação que não correspondem à verdade, o que é sugerido por diversas passagens contraditórias e mesmo incompreensíveis de certos textos literários.
É importante notar que na Grécia antiga a visão que se tinha da arte diferia radicalmente da contemporânea, e pelo menos até a fase helenística não existia o conceito de arte pela arte, mas tudo o que se fazia antes tinha um propósito eminentemente funcional - como oferenda aos deuses, comemoração de algum evento histórico ou de algum ato heróico, memento de algum personagem ilustre, e assim por diante. Na verdade sequer existia uma palavra específica para arte, chamada simplesmente de techné, técnica ou artesania; em suma, era um dos diversos ofícios manuais, mas isso não impedia que os artistas fossem orgulhosos de seus trabalhos e muitos assinassem suas obras para eternizar sua própria memória, algo inédito na história da arte ocidental.
Quanto aos suportes, é geralmente aceito que eram usados a madeira, a pedra (incluindo a alvenaria das construções), o gesso e a terracota. Não há evidências sólidas do uso de suportes em tecido como a tela de algodão, salvo para uso em cenários de representações teatrais, só sendo mais largamente empregados a partir do período romano. Nos materiais eram comuns o afresco e a têmpera, com a encáustica sendo introduzida pela escola de Sicônia. O óleo parece ter sido conhecido, mas não largamente empregado. Os motivos, como em toda a arte grega antiga, privilegiavam o corpo humano, com representação de uma variedade de cenas de heróis e deuses, bem como de momentos mais prosaicos e domésticos. A paisagem e os elementos arquiteturais de fundo foram sempre tratados mais simplificadamente, mas a ornamentação geométrica e fitomorfa era generalizada.

Principais escolas
• Escola Ática, cujo expoente maior foi Polignoto, trabalhando principalmente com a figura humana. Outros autores desta escola foram Agatarcos, que devido à sua associação com o teatro desenvolveu a representação de elementos de arquitetura e o uso dos contrastes de luz para criar a ilusão de perspectiva e volume, e Apolodoro, o primeiro, segundo Plínio, a descobrir as gradações de cores e a aplicar as descobertas de Agatarcos à figura humana.
• Escola Jônica, florescendo após a Guerra do Peloponeso, mas em atividade desde o século VI a.C. Introduziu avanços em relação à escola Ática no que toca ao efeito de ilusão tridimensional, técnica desenvolvida em especial por Zeuxis, considerado um mestre na ilusão, tanto que correu uma lenda sobre uvas que havia pintado que teriam sido bicadas por pássaros, imaginando que se tratavam de frutas reais. A técnica do chiaroscuro, ou sombreado, também recebeu mais atenção e refinamento. Parrásios parece tê-lo superado no efeito ilusionístico, e enquanto Zeuxis iludiu as aves, Parrásios iludiu o próprio Zeuxis com um cenário. Por fim Parrásios foi derrotado em um concurso por Timantes, cuja obra O sacrifício de Ifigênia pode ter sobrevivido em uma cópia romana de Pompéia.
• Escola de Sicônia, surgida após as Guerras do Peloponeso com Eupompos, reagiu contra o ilusionismo da escola jônica, tido como fútil, com a introdução de métodos mais austeros de desenho e colorido. Seu discípulo Pânfilo levou a escola à maturidade, e é creditado como o introdutor na encáustica, embora esta técnica deva ter sido conhecida antes. Outro artista é Pausias, que trabalhou mais extensivamente a cena de gênero e a natureza morta, e foi celebrado pelo eficaz uso do escorço na representação de um touro visto de frente.
• Escola Ática-Tebana, a última a aparecer, já no século IV a.C., com destaque para Nicômaco e Aristides, que deram mais emoção às figuras. Eufránor e Níkias também pertencem a esta escola, que desenvolveu técnicas de tridimensionalidade mais impactantes, com modelado mais volumoso do corpo humano.
• Escola Helenística, não propriamente uma escola unificada, mas designa um período em que a arte grega se expandiu enormemente pelo norte da África, Ásia e Itália, absorvendo elementos de outras culturas bem como dando sua contribuição para estas. Neste período dominou Apeles, de talento nitidamente superior a todos de sua geração, talvez com a exceção de Protógenes. A pintura se desenvolveu para um estilo teatral e mais imitativo da natureza. Depois deles não se registram mais grandes nomes, e os artistas ainda ativos passaram em grande parte à esfera de influência romana, trabalhando na Itália, onde deram a direção para a arte mural naturalista encontrada por exemplo em Pompéia e Herculano, e no Egito, onde também deixaram importante contribuição para desenvolvimento de um estilo local, visível nos famosos retratos de Fayum.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.52 a 60.

ARTE EGÍPCIA

FACULDADE ATUAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
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HISTÓRIA DA ARTE

A ARTE NO EGITO

O Egito desenvolveu uma das principais civilizações da Antiguidade e nos deixou uma produção cultural riquíssima. Temos informações sobre essa cultura graças à sua escrita bem estruturada.
O aspecto cultural mais significativo do Egito era a religião, que tudo orientava. Acreditava-se em vários deuses e na vida após a morte, mais importante que a vida terrena. A felicidade e a garantia da vida depois da morte dependiam dos rituais religiosos. A arte, como não poderia deixar de ser, refletia essa visão religiosa, que aparece representada em túmulos, esculturas, vasos e outros objetos deixados juntos aos mortos.
AS DIVISÕES DA HISTÓRIA EGÍPCIA NA ANTIGUIDADE
DURAÇÃO PERÍODO
Por volta de
3.200 a 2.200 a.C. Antigo Império
Por volta de
2.000 a 1.750 a.C. Médio Império
Por volta de
1.580 a 1.085 a.C. Novo Império

A ARQUITETURA

Como conseqüência da intensa religiosidade, a arquitetura egípcia apresenta grandiosas construções mortuárias, que abrigavam os restos mortais dos faraós, além de belos templos dedicados às divindades. São exemplos dessas construções as pirâmides de Gizé, erguidas durante o Antigo Império.
As pirâmides são as obras arquitetônicas mais conhecidas até hoje, mas foi no Novo império que o Egito viveu o auge de seu poder e de sua cultura. Os faraós desse período ergueram construções como os tempo de Carnac (Karnac) e Luxor, dedicados ao deus Amon.
Durante o reinado de Ramsés II, no século XIII a.C., a principal preocupação do Egito era a expansão do seu poder político. Toda a arte desse período era usada como forma de demonstrar poder.

A PINTURA

Os pintores egípcios estabeleceram várias regras que foram seguidas por aproximadamente 3.000 anos, ao longo do Antigo Império. Entre elas, a regra da frontalidade chama a atenção pela freqüência com que aparece nas obras.
Aspectos técnicos como perspectiva , proporção entre as figuras e ponto de vista do autor da obra ainda não preocupavam os pintores egípcios. Tudo era mostrado como se estivesse de frente para o observador.
A rigidez dessa regra só seria quebrada no reinado de Amenófis IV, no Novo Império. Ele transferiu a capital Tebas para Amarna e pôs fim à religião politeísta , impondo ao povo uma religião monoteísta, cujo único deus era Aton, o deus Sol, e adotando o nome de Akhanaton em homenagem a ele.

_____________________
1 Técnica de representação de um objeto sobre um plano de modo a dar ao observador noção de espessura e profundidade.
2 Relação de tamanho entre as partes de um todo que causa no observador uma sensação de harmonia e equilíbrio.
3 Relativa à crença em vários deuses.

Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.52 a 60.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

BELO: A BREVE HISTÓRIA DE UMA IDÉIA


Artigo I



BELO: A BREVE HISTÓRIA DE UMA IDÉIA


Por Taisa Helena P. Palhares http://www.comciencia.br/comciencia/template/imagens/space.gif


(1) Se alguém em nossos dias quisesse descobrir na produção artística contemporânea a manifestação dos conceitos de beleza forjados por nossa cultura, sua tarefa com certeza seria malograda. Sua busca teria maior sucesso se analisasse os cartazes publicitários, as revistas, as produções televisivas, a moda, ou seja, se recorresse a toda produção do mass media, pois há muito tempo a Arte deixou de ter a supremacia neste assunto. Tentar alcançar hoje uma noção mais ou menos nítida de Belo não implica, como na época moderna, voltar-se para as artes.

(2) Essa situação revela algo que na maior parte do tempo é esquecido pelo senso comum: tanto a Arte quanto o Belo são categorias históricas. E mais, a noção tão difundida de Belas-Artes só se consolida nos século XVIII e XIX. No mundo antigo, a arte é, enquanto techné, qualquer atividade humana que implica um determinado saber fazer ordenado, uma habilidade característica para execução de uma coisa. (3)O que distingue, por exemplo, a pintura da agricultura neste caso é que a primeira é uma arte da imitação, enquanto a segunda é produtiva. Para Platão, quem imita não possui um saber propriamente dito, logo sua arte nem será verdadeiramente uma arte. Além disso, o pintor e o escultor imitam sobretudo a aparência das coisas, dos seres vivos, da natureza. (4) Eles produzem uma representação distorcida daquilo que em si já é uma imagem das Idéias, cujo conhecimento só pode se dar mediante o pensamento racional. Como conseqüência, em sua república ideal o filósofo grego resolve banir todos os artistas imitativos.

Por outro lado, durante a Antigüidade e Idade Média se constrói uma rica metafísica do Belo que será fundamental para compreensão do Belo artístico a partir do Renascimento. (5) Sob influência do pensamento de Pitágoras, para quem o princípio de todas as coisas é o número, o Belo será associado a conceitos como ordem, proporção, harmonia, simetria e forma. Do mesmo modo que um corpo belo ou uma bela flor revelam a ordenação matemática do mundo, o belo na arte deve guiar-se pela proporção matemática e pela simetria. Para tradição pitagórica, o exemplo a ser seguido é o do belo natural: a harmonia do cosmo e da natureza.

(6) Uma outra relação importante efetuada pelos antigos é a associação entre o conceito de Belo e as noções de Verdade e Bem. Nesse sentido, será belo tudo o que é verdadeiro, justo e bom. Para o pensamento cristão, Deus como a Verdade e o Bem em si, é também identificado ao Belo em si. (7) A corporificação da beleza no mundo nada mais é do que a manifestação da divindade. Essas breves observações apontam para o valor ontológico do belo no pensamento pré-moderno. A qualificação estética do belo representa, na história ocidental das idéias, uma desvalorização de sua valência original.

Contudo, há de se notar que a exigência de observação do belo natural como origem do belo artístico já vinha sendo questionada por alguns pensadores. Durante o Renascimento, torna-se muito popular e comentada a seguinte história sobre o pintor Zêuxis: tendo de representar Helena, ele reúne cinco jovens belas e escolhe de cada uma os aspectos mais belos, compondo-os numa imagem que não tem equivalência na natureza. (8) Por outro lado, Cícero explica que Fídias, ao esculpir seu Zeus, não se baseava em um indivíduo real, mas numa idéia de beleza presente em sua mente. Segundo Plotino, as artes não imitam as coisas visíveis, antes se elevam às formas ideais, das quais decorre a própria natureza. (9) As discussões sobre essas histórias indicam o movimento, fundamental para compreender a concepção de Arte do Renascimento, de valorização da atividade artística como cosa mentale, como disse Leornado da Vinci, em primeiro lugar, e da relação intrínseca entre belo e arte. Na verdade, a partir de agora, o artista deve se basear em uma Idea, uma forma a priori, ou no Cânone, obra na qual se encarnam todas as regras da arte, como uma espécie de lei. (10) A produção pictórica de Rafael é o exemplo mais cabal desses pensamentos, o grande arquétipo de todo Classicismo posterior, no qual vingará de vez o conceito de Belo Ideal (Rafael, Nossa Senhora Sistina, 1513-14, Gemäldegalerie, Dresden).

(11) Uma das mais importantes transformações na história do pensamento sobre o belo artístico no Ocidente ocorre no final do século XVIII com o livro Crítica da Faculdade do Juízo (1790) do filósofo Immanuel Kant. Nele, Kant dá forma cabal a uma nova sensibilidade que tentava entender o papel do gosto no julgamento artístico. (12) Neste momento, o belo, que antes era um atributo das coisas ou das obras de arte, passa a ser a experiência de um prazer desinteressado. Essa guinada subjetiva do conceito irá alimentar grande parte da estética e da arte modernas. Ela representa também o ocaso definitivo das poéticas dogmáticas e seus cânones acadêmicos.

(13) Paralelamente, outros valores conquistam legitimidade no campo artístico. Tudo o que parecia ter sido condenado pelo ideal clássico começa a receber uma nova avaliação: o informe, o grotesco, o estranho, o tenebroso, o feio, o diferente, o ilimitado, o desproporcional, o obscuro são defendidos enquanto possíveis valores estéticos. (14) O Belo vai perdendo espaço para noção de Sublime no espírito dos artistas. Não que esses atributos tenham ficado ausentes da história da arte até então. Basta pensarmos nos movimentos maneirista e barroco, em Caravaggio e Rembrandt, para citarmos dois exemplos mais conhecidos. Ambos transgrediram as convenções e costumes em suas figuras realistas muitas vezes disformes nas quais se reconhece uma busca da verdade e o desprezo pelo ideal canônico de beleza (imagens). (15) Não por acaso, eles estabeleceram afinidades com o trabalho dos pintores do século XIX.

É exatamente na segunda metade daquele século que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche irá teorizar, em O Nascimento da tragédia no espírito da música, sobre a duplicidade constitutiva da cultura ocidental. Para ele, já no espírito grego, coloca-se a oposição entre um impulso comtemplativo-formal (o apolíneo) e um doloroso e obscuro impulso dissoluto-extático (o dionisíaco). (16) No mesmo momento, o Romantismo procura, no que provavelmente representa a última grande teorização sobre o conceito de Belo artístico, acolher numa espécie de co-presença essas oposições. Para concepção romântica de beleza finito e infinito, vida e morte, eterno e transitório, totalidade e fragmento, razão e coração são qualidades que devem conviver em dinamismo constante na obra de arte. (17) O poeta e crítico de arte francês Charles Baudelaire é quem de forma lapidar apresenta essa nova concepção de beleza no ensaio O pintor da vida moderna: “O belo é sempre e inevitavelmente uma dupla composição, ainda que a impressão que ele produz seja uma só (...) é feito de um elemento eterno, invariável, cuja quantidade é extremamente difícil de ser determinada, e de um elemento relativo, circunstancial, que será, vamos dizer assim, sucessivamente ou tudo junto, a época, a moda, a moral e a paixão. (18) Sem esse segundo elemento, que representa algo como a cobertura divertida, saltitante, aperitiva, do divino bolo, o primeiro elemento seria indigesto, impossível de ser apreciado, não adaptado e não apropriado à natureza humana. Duvido que se encontre uma amostra qualquer de beleza que não possua esses dois elementos”. (19) Pois, “o belo é sempre bizarro”, ele “contém sempre um pouco de estranheza, que o faz ser particularmente Belo”, afirma o poeta em outro momento.

O pintor E. Manet será o responsável por dar corpo a essa noção de beleza em sua Vênus moderna, Olympia, pintada em 1863. Provocador, Manet retoma o cânone clássico da Vênus de Urbino de Ticiano para metamorfoseá-la na figura de uma mulher venal. (20) Nessa tela, a beleza desce de seu céu metafísico, transcendente, para habitar as coisas mais prosaicas e mundanas. Obra-manifesto, Olympia é definitivamente o maior ícone da beleza moderna.
(21) No século XX, o conceito de belo é definitivamente desvalorizado no âmbito da arte (e provavelmente por esse motivo tenha migrado para outras “regiões”). O que não significa que o público tenha abdicado completamente de uma noção conservadora de beleza em seus julgamentos estéticos. (22) Na verdade, é conhecida a péssima recepção que as pinturas de H. Matisse encontravam em sua época. Após a primeira apresentação pública de uma de suas obras-primas, Dança (II) (1910), a reação foi de espanto e horror, sendo que os adjetivos utilizados para classificá-la foram: primitiva, grotesca, diabólica, bárbara e canibalesca (naturalmente em sentido pejorativo).

(23) Evidentemente, uma história de mais de dois mil anos não pode ser apagada da noite para o dia. Quando afirmamos que o Belo se enfraquece enquanto valor estético ou idéia reguladora não quer dizer que ele não esteja presente aqui e acolá. (24) Contudo, o que parece não existir é uma nova concepção, algo que seja próprio do momento contemporâneo. O que há sim, é uma restituição de algumas das idéias forjadas no decorrer da história. (25) Uma espécie de sobrevida que irrompe nos locais os mais inesperados (pensa-se aqui, por exemplo, na arte abstrato-geométrica de Mondrian). Voltando ao nosso inquiridor inicial, talvez o grande desafio fosse refletir, a partir da produção exemplar de um artista contemporâneo como é o caso do norte-americano Matthew Barney, sobre os caminhos às vezes inusuais da sensibilidade atual, habituada ao poder de recriação e modificação sem limites das formas naturais, neste caso do próprio corpo humano.

Taisa Helena P. Palhares é graduada em Filosofia pela Universidade de São Paulo, onde desenvolve tese de doutoramento desde 2005. Recentemente publicou o livro Aura: a crise da arte em Walter Benjamin (Editora Barracuda, Fapesp, 2006).



HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN
PROF.o EDSON SGUARIO

Fonte:

PALHARES, Taisa Helena P.. Belo: A Breve História de uma Idéia. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: < http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=15&id=145 >. Acessado em 27/01/2011.